1Samuel 31 | Consequências da desobediência e uma escolha a ser feita
Em continuidade ao posicionamento dos exércitos em 1Samuel 29:1, a batalha entre filisteus e israelitas é travada.
A morte de Saul
O exército de Israel foi derrotado pelos filisteus, que mataram Jônatas, Abinadabe e Malquisua, filhos de Saul. Quando a batalha se agravou nas proximidades de Saul, o rei pediu para seu escudeiro que o matasse, ordem que não foi acatada. Saul achava mais honroso morrer dessa forma do que pelas mãos dos inimigos, e por isso, tomou sua espada e jogou-se sobre ela. Ao ver isso, o escudeiro também jogou-se sobre a espada e morreu com o rei. Dessa forma, no mesmo dia, morreram Saul, seus três filhos e seu escudeiro (1Samuel 31:1-6; 1Crônicas 10:1-6).
No dia seguinte, os filisteus encontraram Saul e seus filhos mortos, estirados no monte Gilboa. Então cortaram a cabeça de Saul e tomaram suas armas, e as enviaram por toda a terra dos filisteus. Puseram as armas do rei de Israel no templo de seus deuses, pregaram sua cabeça no templo de Dagom e penduraram seu corpo no muro de Bete-Seã (1Samuel 31:8-10; 1Crônicas 10:8-10).
Os moradores de Jabes-Gileade ouviram o que havia acontecido ao rei Saul e seus filhos. Sendo assim, buscaram os seus corpos, queimaram-os e sepultaram os seus ossos debaixo do carvalho em Jabes. Depois de fazer isso, jejuaram por sete dias (1Samuel 31:11-13; 1Crônicas 10:11-12).
A desobediência a Deus sempre nos leva a um caminho de destruição. A morte de Saul e desonra de seu corpo não foram nada além de tristes consequências da forma como ele havia vivido sua vida.
A porção da história narrada em 1Samuel 31 se encontra também em 1Crônicas 10, onde encontramos um trecho interessante ao final do capítulo:
Assim Saul morreu por causa da sua infidelidade para com o Senhor, porque não havia obedecido à palavra do Senhor; e também porque procurou a mulher que consulta os mortos, e não buscou o Senhor; por isso ele o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé.
1Crônicas 10:13-14
A morte de Saul foi profetizada por Samuel (1Samuel 28:17-19) e estabelecida por Deus, como consequência de oferecer sacrifícios reprováveis (1Samuel 13:8-14), desobedecer ao Senhor na batalha contra os amalequitas (1Samuel 15:18-28) e consultar os mortos (1Samuel 28:7; Levítico 19:31).
Em tudo isso, Saul foi infiel ao Senhor e mostrou falta de temor e conhecimento do Santo. Deus se desagradou dele e, portanto, estabeleceu Davi como o próximo no trono de Israel. Como sabemos, Davi também era um homem falho, mas a diferença dele em relação a Saul era que Davi se voltava a Deus e O buscava com todo o seu coração.
Nós não estamos prontos, e se há alguém que sabe disso, é Deus. Por isso, Ele nos recebe de braços abertos como estamos, mas a Sua intenção não é que permaneçamos como chegamos.
O Senhor não busca perfeição. O que Ele deseja é encontrar homens e mulheres que estejam constantemente diante da Sua face, contemplando-O e conhecendo-O.
O Senhor não exige méritos. O que Ele anseia são filhos e filhas que, no lugar de comunhão constante com Ele, reconheçam sua miséria e necessidade da graça divina.
O Senhor não espera ausência de falhas. O que Ele quer é nos capacitar e moldar, a fim de gerar em nós o caráter de Cristo.
Como Saul e Davi, somos imperfeitos e pecadores. Precisamos escolher como vamos lidar com isso – como Saul ou como Davi?
Nesses devocionais diários em 1Samuel eu encontrei mais uma vez o Deus que me quer, mesmo sem eu merecer. Fui lembrada de como sou falha, mas também de que, pela cruz de Cristo, o pecado não tem mais poder sobre mim. Fui confrontada na minha insistência em achar que posso qualquer coisa pela força do meu braço, e chamada mais uma vez a entregar tudo nas mãos do Senhor.
Eu espero, sinceramente, que estes devocionais também tenham te abençoado de alguma forma. Se há algo de bom aqui ou em mim, vem dEle, por isso O glorifico com o fim dessa série de posts.
Nos vemos nos próximos 🙂
Deus abençoe!