1Samuel

1Samuel 20 | Amizades firmadas em Deus

two boys sitting on gray wood plank

Nos últimos capítulos, Davi ganhou destaque entre o povo de Israel. Obtia sucesso em tudo que fazia, era um guerreiro valente e o Senhor estava com ele. Muitos o admiravam, mas Davi também era alvo da inveja doentia de Saul.

Até este momento da história, Saul já havia tentado matar Davi algumas vezes. A tensão visivelmente aumentava, porque Davi sentia a ameaça e passou a fugir do rei.

O transbordar da ira

Davi conversa com Jônatas a fim de compreender as razões pela qual Saul buscava sua morte com tanta determinação. Por isso, combinam uma estratégia para que Jônatas descubra se de fato o rei desejava matar Davi, e depois comunique a resposta ao amigo (1Samuel 20:1-12,18-22).

Quando chegou o dia da festa de lua nova e o rei se assentou para comer, percebeu que Davi não estava presente e deduziu que o motivo era porque não estava purificado. Porém, no segundo dia, questiona Jônatas a respeito disso, que responde conforme havia combinado com Davi.

A reação de Saul era o que mostraria se ele desejava ou não a morte de Davi. Se aceitasse a justificativa da ausência do jovem, então Davi estaria seguro. No entanto, se sua resposta fosse de indignação, isso confirmaria as suspeitas de que ele de fato desejava matar Davi.

Um pequeno devaneio: mesmo que Saul tivesse respondido de forma branda e enganado Jônatas, ainda assim a verdade seria revelada nas suas palavras, porque uma mentira também representaria o estado do seu coração. Homens podem ser enganados pelas palavras, mas Deus não.

De qualquer forma, Saul foi tomado pela inveja que transbordava de seu coração, e isso não ficou oculto, mas veio à tona em suas palavras.

Raça de víboras! Como podeis falar coisas boas, sendo maus? Pois a boca fala do que o coração está cheio.

Mateus 12:34

O rei estava tão irado que tentou matar o próprio filho por ter questionado os motivos que o levavam a desejar tão ferozmente a morte de Davi (1Samuel 20:33).

Uma triste despedida

Enquanto falava a Davi, arquitetando seu plano, Jônatas mostra o amor que sentia pelo amigo. Ele se coloca diante de Deus para que Ele faça o que lhe aprouver se ele viesse a trair Davi. Além disso, pede que Davi o trate com a bondade do Senhor, estendendo-a também para a sua família, mesmo quando os inimigos de Davi fossem destruídos por Deus (1Samuel 20:13-16).

Então, de acordo com o que haviam combinado, Jônatas e Davi vão até o campo no dia seguinte. Através do sinal que estabeleceram anteriormente, Jônatas comunica a Davi que, de fato, Saul procurava matá-lo.

Quando o servo que acompanhava Jônatas parte, Davi vai de encontro ao amigo. Eles despedem-se, chorando, mas Davi chorou muito mais (1Samuel 20:41). Imagino que, a essa altura, Davi podia imaginar que um tempo de perseguição se aproximava.


Nos diálogos entre Jônatas e Davi apresentados nesse capítulo, foi mencionada algumas vezes a aliança que os unia (1Samuel 20:8,17,23,42), o que enfatiza a importância da amizade deles. O Senhor usou Jônatas para proteger Davi e facilitar a sua fuga, mas creio que Deus também consolou e amou Davi através do filho do rei.

Jônatas sabia que Saul estava agindo por inveja e também sabia que o Espírito de Deus estava sobre Davi. Por isso, ainda que fosse filho do rei, honrou a amizade que tinha com Davi e, por consequência, honrou ao Senhor também.

Em nossa jornada, precisamos de amizades leais como a deles. Precisamos de pessoas que nos ajudem, nos suportem e nos acompanhem. Pessoas que nos consolem, mas que também nos confrontem. Que nos lembrem da direção para onde estamos indo e nos impulsionem no caminho da obediência a Deus.

Quem são estes amigos para você? Que tal lembrá-los disso hoje? 🙂

Um final de semana abençoado!

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