1Samuel

1Samuel 14 | Aquilo que só Deus pode fazer

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Este capítulo traz mais um pouco sobre o conflito entre israelitas e filisteus, e conhecemos um pouco melhor o filho do rei Saul, Jônatas.

Jônatas derrota os filisteus

Certo dia, Jônatas, chamou seu escudeiro para que fosse com ele até a guarnição dos filisteus. Ninguém mais soube dos planos de Jônatas, enquanto ele e o escudeiro se aproximavam dos inimigos.

E Jônatas disse ao seu escudeiro: Vamos atravessar a guarnição desses incircuncisos; talvez o Senhor nos defenda, porque nada impede o Senhor de livrar com muitos ou com poucos.

1Samuel 14:6

Jônatas mostra confiança no Senhor, ao mesmo tempo que reconhecia que a vitória sobre os filisteus não seria por força nem mérito de homens. O filho do rei estabelece, então, um sinal. Se os homens do exército inimigo pedissem que eles esperassem onde estavam, então assim eles fariam. Se, por outro lado, chamassem que fossem até eles, então também o fariam, sabendo que o Senhor os havia entregado em suas mãos (1Samuel 14:9-10).

A fé de Jônatas é impressionante, assim como sua coragem em se dispor à morte pelo povo de Deus. De fato, o Senhor entrega os filisteus na mão de Israel. Ao ver o que estava acontecendo, os demais homens do exército israelita saem de seus esconderijos e se movem a fim de entrar na batalha e subjugar o inimigo (1Samuel 14:20-23).

Um rei sem estratégia

Naquele dia, Saul havia feito um voto que, mais uma vez, demonstra falta de sabedoria por parte do rei: o homem que comesse antes que ele se vingasse de seus inimigos seria maldito. Isso gerou temor e levou todo o exército a ficar sem comer e, portanto, sem forças (1Samuel 14:24-25,30). Não parece uma boa estratégia conduzir um exército exausto e fraco à batalha, certo?

Essa ação ainda acarretou no pecado do povo, pois comeram carne com sangue dos despojos, tamanha era a sua fome (1Samuel 14:31-33). Depois disso, Saul chama o povo a trazer sacrifícios para serem oferecidos adequadamente e edifica seu primeiro altar ao Senhor, como uma forma de render graças pela vitória.

Sede por mais

Ambicioso, Saul chama seus homens a continuar perseguindo os filisteus. Como haviam recuperado as suas forças, o rei planejava persegui-los e despojá-los até o amanhecer do dia seguinte.

No entanto, o sacerdote que os acompanhava aconselha Saul a consultar a Deus primeiro. Claramente, não era natural para Saul buscar a vontade do Senhor antes de agir. Essa não é a primeira vez que é narrada uma decisão impensada do rei (veja o capítulo anterior), que mais uma vez age por impulso.

Quando Saul consulta a Deus, porém, não obtém resposta. Logo, deduz que alguém cometeu pecado.

Livrado pelo povo

No fim das contas, a pessoa que não havia obedecido ao voto de Saul foi o próprio filho, Jônatas, que sequer sabia o que o pai havia determinado.

Saul afirma que precisa matá-lo, mas o povo intervém em favor de Jônatas, por seu importante papel na vitória de Israel. Na verdade, ainda proclamam que foi por Deus que ele havia agido (1Samuel 14:45).

Acredito que o livramento de Jônatas veio pela mão do Senhor, afinal, o voto de Saul tinha sido impensado, revelando falta de sabedoria e estratégia por parte do rei. Além disso, Jônatas tinha agido com fé e dependência no Senhor, e sua ousadia, concordante com a vontade de Deus, causou a vitória de Israel. Jônatas foi usado por Deus e livrado da morte por Ele, mas também serviu como testemunho contra as medidas tolas do pai.


Saul é descrito como um rei valente, que lutou contra todos os inimigos ao redor de Israel (1Samuel 14:47-48). No entanto, somente isso não é suficiente para ser um bom rei. O melhor guerreiro é aquele que sabe como e quando agir, reconhecendo até onde vão as suas forças e onde só Deus consegue mover.

Até aqui, já vimos inúmeras situações em que Saul mostrou falta de sabedoria e temor de Deus e, à frente, veremos ainda mais. Na verdade, muitas vezes agimos como Saul, confiantes em nossas próprias decisões e em nossa força. Quantas e quantas vezes nos sentimos frustrados porque nosso plano (que parecia perfeito) não teve os frutos desejados?

Submeter-se aos propósitos e à agenda de Deus não é fácil, mas é a melhor forma de conduzir nossas vidas. No Senhor podemos descansar, trocar nosso pesado jugo pelo fardo leve de Jesus (Mateus 11:30).

Hoje é sábado. Um bom dia para tirar um tempo e refletir sobre isso. Deixe-se conduzir pelo Espírito Santo. Não tente apressar as coisas, ou fazer aquilo que só cabe ao Senhor fazer. Descansa.

Deus te abençoe!

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