1Samuel 11 | O poder da unidade
O capítulo 11 narra um momento glorioso na trajetória de Saul como rei de Israel. Somos introduzidos ao conflito entre israelitas e amonitas, descendentes do filho de Ló com sua filha mais nova (Gênesis 19:38).
Um pedido de ajuda
Quando Naás, o amonita, assentou acampamento contra Jabes-Gileade, os homens de lá disseram: “faze aliança conosco, e te serviremos” (1Samuel 11:1), na tentativa de ter suas vidas preservadas.
Naás aceita, com a condição de que o olho direito de cada um deles fosse arrancado. Com isso, os homens poderiam servi-lo, mas sem representar ameaça. O objetivo de Naás era, como ele deixa bem claro, humilhar Israel (1Samuel 11:2).
Como contraproposta, os anciãos de Jabes pedem que Naás espere por sete dias, para que peçam por ajuda. Se ninguém viesse em seu favor, então eles se entregariam ao amonita. A mensagem chega a Gibeá de Saul, e o povo lamenta.
Ira e temor
Ao saber do acontecido, Saul é tomado pelo Espírito de Deus e fica irado. Quando dominados pelo Espírito, amamos aquilo que o Senhor ama e ficamos irados com aquilo que O deixa irado. Nesse caso, Saul reage dessa forma por causa do amor e zelo de Deus pelo Seu povo, que estava sendo humilhado por Naás.
Saul convoca o povo de Israel para lutar, e vemos que temor do Senhor cai sobre eles. Saem então como um só homem, a fim de defender o povo de Jabes-Gileade (1Samuel 11:7). A unidade que vemos aqui é proveniente do temor do Senhor. É o Espírito que une o povo de Deus e o faz andar na mesma direção.
E é por causa da unidade do povo que a batalha contra os amonitas é vencida, de tal modo que não restaram dois deles juntos (1Samuel 11:11), o que enfatiza a superioridade de Israel na luta.
Após a vitória, alguns do povo sugerem matar aqueles que antes haviam se posicionado desfavoravelmente ao reinado de Saul. O rei, no entanto, declara que não haverá morte, por causa da salvação que o Senhor lhes concedeu.
A ira do Senhor é santa e direcionada com justiça, por isso se manifestou através de Saul anteriormente, em favor do povo de Deus. Nesse momento, no entanto, a reação pacificadora de Saul parece ser ainda conduzida pelo Senhor, pois não se deixa levar pelo orgulho, ferido pela rejeição.
O capítulo termina com celebração pelo livramento que o Senhor concedeu aos israelitas através de seu rei, Saul. É relatado que o reinado de Saul é confirmado após essa vitória, ou seja: o povo clamava por um rei e o recebeu, mas a verdadeira aceitação só veio após o resultado positivo.
Por causa do pecado, nós somos naturalmente ingratos e insatisfeitos. Vivemos desejando o que não temos, e só valorizamos o que temos enquanto está como desejamos.
Felizmente, há redenção para nós em Cristo Jesus. Como já falamos há alguns dias, a caminhada do cristão nunca tem fim. Ser justificado por Jesus não quer dizer que não temos mais que lutar contra o pecado. É somente quando somos guiados pelo Espírito de Deus, assim como Saul foi nessa história, que estaremos alinhados com Ele. Amando o que Ele ama, odiando o que Ele odeia, e vivendo de acordo com isso.
Por fim, aqueles que se movem direcionados pelo Espírito andam na mesma direção, estão sob o mesmo jugo. Daí vem a unidade que, muitas vezes, é necessária para vencermos batalhas e recebermos livramento de Deus. O Senhor ama operar através da vida em comunidade, usando Sua Igreja.
Uma das formas mais incríveis de fazer isso é orando juntos. O poder da oração corporativa é semelhante ao dos homens que saíram à luta como um só. Por essa razão, hoje meu convite para ti é que se una às orações por Israel, pelo que tem acontecido nesses dias. Faça sua voz ouvida pelo Senhor em meio ao clamor que tem subido aos céus por misericórdia pelo Seu povo.
Deus te abençoe!