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Hoje se inicia o mês de outubro e, com ele, nossos devocionais diários em 1Samuel. No post de ontem você encontra algumas informações importantes e o contexto geral do livro. Começamos meditando no primeiro capítulo, que apresenta o início da história desse homem de Deus que foi muito desejado e sonhado por sua mãe.

A dor e o clamor de Ana

Ana era casada com Elcana, que também tinha como esposa Penina. Enquanto a primeira fora tornada estéril pelo Senhor, a segunda foi agraciada com filhos (1Samuel 1:2,6). Ana era amada por Elcana, mas desprezada por Penina.

Todos os anos, eles se dirigiam a Siló adorar ao Senhor e oferecer sacrifícios. Em um desses anos, Ana clama ao Senhor por um filho. Vemos que o sacerdote Eli, que a observava, nem ouvia suas palavras. Seu clamor era silencioso, profundo, doloroso. Ela derramou seu coração e fez um voto diante de Deus: se o Senhor concedesse a ela o filho que tanto desejava, ela o consagraria a Ele por toda a sua vida (1Samuel 1:11).

A oração é atendida

Então Ana foi abençoada com um filho. Não porque merecia ou porque desejou muito, nem mesmo porque orou, mas porque pediu em concordância com o desejo do Senhor.

Eu orava por este menino, e o Senhor me concedeu o pedido que fiz. Por isso também o dedico ao Senhor; ele está entregue ao Senhor por todos os dias que viver. E ali adoraram o Senhor.

1Samuel 1:27-28

Samuel é fruto do clamor de sua mãe unido à bondade de Deus. O Senhor procurava uma mulher para carregar aquele que falaria em Seu nome na sua geração, e Ana se comprometeu a entregar seu filho totalmente a Ele.

A história de Samuel não começa quando Deus o chama, nem sequer quando ele nasce, mas sim quando Ana derrama seu coração diante do Senhor.

O voto é cumprido

É interessante observar que Ana espera o menino desmamar para entregá-lo ao serviço no templo. O verso 24 diz que Samuel ainda era pequeno, mas o desmame, de certa forma, evidencia a grandiosidade dessa entrega que a mãe faz ao Senhor. O que ela mais desejava era um filho, mas a criança cresceu longe da sua família, sendo cuidada e guiada pelos sacerdotes no templo.

Quando leio esse trecho, penso que não foi fácil para Ana deixar o filho, mesmo sendo o cumprimento de um voto. Me arrisco a dizer que ela tinha um profundo entendimento de que não há vida melhor do que aquela que é dedicada ao Senhor. Não apenas de forma literal, servindo no templo do Senhor diariamente como Samuel, mas da forma como todos nós fomos chamados a viver, fazendo tudo como para Deus (Colossenses 3:23).

O voto de Ana foi uma consequência natural para uma mulher que estava consciente do poder de Deus tanto de dar um filho a ela, quanto para prover e cuidar dele mesmo quando ela não fosse mais a ferramenta para fazê-lo. Mais do que isso, ela sabia que o melhor que poderia fazer por seu filho era entregá-lo de bom grado a Deus para que Ele o usasse em Sua obra.


O Senhor ainda busca corações como o de Ana, que expõem suas fraquezas e angústias diante dEle e clamam por aquilo que só Ele pode fazer, se colocando em Suas mãos para serem usados segundo o Seu bom propósito. Ele deseja corações que estão dispostos a abrir mão do próprio prazer, porque compreenderam que o verdadeiro deleite está em ser parte do que Deus está fazendo na terra.

Se você chegou até aqui, deixo o convite para que se junte a mim nessa oração: Senhor, conceda-nos um coração como o de Ana, disposto e entregue, derramado diante de Ti. Revela Teu anseio por nós e abre os nossos olhos para aquilo que precisamos deixar aos Teus pés, assim como Ana deixou Samuel. Permita-nos ser parte daquilo que estás fazendo na terra no dia de hoje. Amém.

Deus te abençoe e até amanhã! 🙂

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